olá mais uma vez!
a semana passada começou com a ressaca da visita da rita e do zé. nos dias seguintes o tempo ficou lindo, muito frio mas com muito sol. só me apetecia ligar-lhes outra vez e pedir para voltarem para verem berlim com sol (e para me darem mais um beijinho ;))
no hospital corre tudo muito bem. corre é a palavra certa porque andamos sempre literalmente a correr. esta gente nao sabe relaxar. mas consegui pôr os médicos todos numa corrida pelas escadas. comecei a ultrapassar todos a dizer que era a mais rápida e entraram todos no esquema. todos a ultrapassarem-se uns aos outros. foi de rir. só até ao segundo andar. depois tudo a recuperar o fôlego para o chefe não reparar. mas fiquei contente com a minha inciativa ;)
de resto, já faço as admissões sozinha (históra e exame físico) e de vez em quando lá me deixam suturar (inta-cutâneos) e dar uns nozitos.
entretanto começo a preocupar-me porque não tenho estudado nada. por mais que me esforce nunca vou estudar como se estivesse aí. lá vou ter que dar duro a partir de maio. espero que chegue. o que é os meus colegas queridos têm estudado? vá lá, chibem-se.
na quarta, fomos a um salão de chá muito bonito com madeira paredes e tecto de madeira importada de uma daquelas terras que acabam -istão. peço desculpa pela minha ignorância, mas foi-me impossível fixar o nome do país, mas deve ter sido por causa do sotaque alemão.estavam lá dois actores a contar contos infantis. em alemão claro. mas falavam tão bem que consegui perceber quase tudo. foi bonito.
no sábado fui com uns espanhóis depois do curso de alemão ver uma colecção de arte contemporânea que está numa antiga estação de comboios. havia coisas muito boas mas também daquelas que custa muito aceitar que tenham o título de obra de arte. e à noite fomos a uma festa organizada por um pessoal do coro.
ontem foi o jantar de despedida do simon, meu antigo parceiro de tandem, que vai para a cidade do cabo, em áfrica do sul, para fugir ao inverno de berlim. não percebo estes fracos. foi um fondue de queijo. que exagero. acho que não vou comer mais queijo até... à próxima semana. éramos pouquinhos e estávamos um bocadinho tristes. mas as despedidas alemãs são mesmo diferentes. um abraço um bocado mais apertado é mesmo o máximo que fazem para mostrar que vão ter saudades. ironicamente, o simon foi substituído na sua própria festa de despedida. estava lá um alemão que fez erasmus em lisboa há 2 anos e que ficou histérico com a ideia de poder falar português. já combinamos fazer um tandem, desta vez com sotaque português e não brasileiro.
consequência, tive que fazer hoje o meu dia de folga porque dois dias seguidos com 4 horas de sono não iam funcionar muito bem. mas hoje tenho uma festa de anos. mas vou ter que me deitar mais cedo porque os doentinhos estão à minha espera às seis e meia.
muitos beijinhos e abraços à portuguesa
