AEICBAS

sábado, março 06, 2004

SOBRE O ENDA DO FIM-DE-SEMANA PASSADO: PROMETI SER DEMOLIDOR, NÃO PROMETI?

Um ENDA é um Encontro Nacional de Direcções Associativas. Será por isso uma reunião, onde as Direcções das Associações (neste caso Associações de Estudantes do Ensino Superior) de toda a Nação se Encontram. Estes encontros são (no mínimo) peculiares e começa logo pelo sistema de credenciação. Para uma pessoa se credenciar basta trazer um texto escrito para o efeito em folha timbrada da sua AE assinado por um membro da Direcção da mesma AE (que não o próprio) e com o respectivo carimbo. A alternativa (e é aqui que o sistema se torna mais caricato) é arranjar três assinaturas de dirigentes já credenciados que confirmem que ‘fulano’ é o legítimo representante de determinada AE. Assim, qualquer pessoa pode chegar ao ENDA e representar uma AE que não seja a sua. Basta, para isso, arranjar três dirigentes ‘amigos’ que assinem a folha de ‘reconhecimento’.

Este sistema de credenciação (e refiro-me aos dois métodos) tem falhas mais que evidentes e leva a situações como a vivida em Lisboa no último fim-de-semana. Para quem não esteve lá, fica a saber que os estudantes de Psicologia da Universidade do Porto estavam representados por um estudante da Faculdade de Belas Artes e os estudantes de Direito (também da UP) estavam representados por um aluno da Faculdade de Ciências. O mais escandaloso é que esta situação é legal. De qualquer maneira, não me parece moralmente correcta, mas isto quando mete eleições infelizmente vale tudo…

Passando à frente, a AEICBAS não deixe de participar nos ENDAs, porque entende que os alunos do ICBAS devem estar representados e representados por membros eleitos da Direcção da sua AE. Então o que houve neste ENDA?

Houve discussão à volta dos estatutos do estudante do ensino superior e da qualidade de vida. A AEICBAS propôs uma moção, que foi aprovada com 22 votos a favor e 20 abstenções.

Houve apresentações do trabalho dos representantes dos estudantes nos órgãos nacionais e muita discussão. Os mandatos são de dois e três anos. Algumas AEs entendem que toda a gente deveria pôr o lugar à disposição passado um ano, mas os eleitos nem sempre entendem da mesma forma. A AEICBAS tem votado caso a caso. Sendo que, se o representante mostrar que está a trabalhar bem e/ou que está a meio de um projecto que não deve ser interrompido, a AEICBAS vota no sentido de permitir o cumprimento até ao final do mandato atribuído.

Houve eleições para os órgãos nacionais. Foram eleitos: para o CNASES (Conselho Nacional de Acção Social do Ensino Superior) o André da Universidade do Algarve, para o CAFUP (Conselho de Avaliação da Fundação das Universidades Portuguesas) a Fernanda de Belas Artes do Porto e para o CNE (Conselho Nacional da Educação) o Nuno Reis (Presidente da FAP). No CAFUP, houve a oposição do Hugo Carneiro (da Faculdade Economia do Porto), que recolheu o voto da Universidade do Porto. A maioria das AEsUP pediram para a Fernanda retirar a candidatura para não fraccionar a UP, mas esta, após aconselhamento com ‘as pessoas que estão comigo nisto’, entendeu não o fazer. No final, ganhou com 6 votos a favor, 5 contra e 3 abstenções.

Outros painéis existentes foram adiados para Domingo à tarde, mas a época de exames só acabou esta semana...

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